Passive Cooling |||

As Etapas Da Pesquisa-Ação Participativa

A troca mútua de conhecimento entre membros da comunidade, profissionais e acadêmicos é necessária para a coprodução de estratégias de resfriamento passivo que sejam culturalmente adequadas e viáveis, além de reduzir o calor interno nas casas. Nessa abordagem gradual, cada fase informa a próxima, aprimorando o conhecimento científico e comunitário.

A primeira fase, consistiu em documentar as práticas de construção das tipologias de moradia mais comuns na Ocupação Anchieta. O Taubman College e a Peabiru TCA mediram os cômodos internos e o exterior de 5 casas, documentaram os materiais de construção usados e coletaram as temperaturas internas e externas para julho de 2023. As tipologias de construção aparecem abaixo. Passamos tempo com os moradores para aprender sobre a história das casas e apreciar plenamente os esforços e a resiliência dos moradores durante o processo de construção incremental. Um processo que se desencadeia com recursos limitados em assentamentos que ainda não adquiriram infraestrutrua adequada e segurança de posse.

Para estimar a temperatura interna, o software de modelagem diferencia entre construções leves, como madeira e compensado, e construções pesadas, como tijolo e alvenaria. Assim, a PARTE III deste Manual apresenta um relato etnográfico de uma casa de construção leve (Casa da Jenny) e uma casa de construção pesada (Casa da Claudiane).

Na segunda fase, a equipe analisou os dados e conduziu a modelagem computacional para simular a temperatura, a umidade e os níveis de conforto térmico dentro das casas, os dois modelos levaram em conta casas com materiais de construção leves e pesados. O objetivo era analisar o impacto que diferentes modificações nas casas (estratégias de resfriamento passivo) teriam nas temperaturas internas e nos níveis de conforto térmico. Por exemplo, que tipo de influência pintar o telhado de branco exerce sobre a temperatura interna, a umidade e os níveis de conforto dentro das casas? A mudança na temperatura e na umidade pode ser diferente para casas de materiais leve e pesada, para os meses e estações do ano, e horários do dia. Os resultados dos cartões de estratégia de resfriamento passivo refletem essas diferenças.

Para avaliar os níveis de conforto, usamos a ISO 7730-2005, a avaliação de conforto aceita pela International Standard Organization. Esse padrão de avaliação leva em conta vários fatores que influenciam o conforto térmico, a saber:

Temperatura do ar + Temperatura radiante (temperatura da superfície) + Umidade relativa + Velocidade do ar + Taxa metabólica + Vestuário.

As avaliações também levaram em consideração as temperaturas externas e usaram a Carta Psicrométrica para o clima de São Paulo.

A terceira fase, consiste em compartilhar os resultados da avaliação do conforto térmico para as condições existentes, considerando a influência prevista de diferentes estratégias de resfriamento passivo para coberturas e paredes (telhados de grama, paredes brancas etc.). As oficinas on-line e presenciais com residentes e parceiros também ocorrem durante essa fase. As oficinas têm como objetivo compartilhar os resultados da modelagem computacional, discutir seus impactos e incorporar as perspectivas da comunidade em relação não apenas à viabilidade das intervenções, mas também às implicações políticas no contexto da melhoria incremental de moradias e assentamentos. A equipe reeditará este manual para incorporar as perspectivas dos moradores, o que pode incluir uma priorização das estratégias de resfriamento passivo discutidas.

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